A Associação dos Auditores de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (AudTCE-RJ) promoveu pela primeira vez, nesta sexta-feira (03/05), um evento em função do Dia Nacional do Auditor de Controle Externo, comemorado no dia 27 de abril. O presidente da associação, Rafael Silva Leite, esteve presente no Auditório Conselheiro Humberto Braga e, responsável pela primeira palestra, destacou uma pesquisa preocupante da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon): apenas 17% da população brasileira sabem do que se trata os tribunais de contas. "Debater o papel do auditor frente às demandas atuais da sociedade é essencial para aprimorar essa carreira que visa a colaborar para o controle social."
Na sequência, Fabio Furtado, secretário-geral de Controle Externo do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRJ), defendeu o auditor como uma das mais importantes carreiras do Estado, uma vez que a sua função ajuda os tribunais de contas a atingirem sua missão institucional: "A auditoria existe para garantir à sociedade que gestores públicos estão utilizando seus recursos financeiros da maneira mais adequada possível". Fabio ainda afirmou que a capacitação desse profissional é fundamental, por isso a aproximação com as escolas de contas se torna primordial.
Já Márcio Emanuel Pacheco, secretário do Tribunal de Contas da União (TCU) no Estado do Rio de Janeiro, focou sua apresentação nos produtos que os auditores podem oferecer à sociedade. Visto que empresas privadas começaram a ingressar no mercado de auditorias, os tribunais de contas têm que se esforçar para, além de desempenhar seu papel, fazer isso com uma linguagem atual e que se aproxime da população. Para falar da constante qualificação necessária, Márcio deu o exemplo do uso da tecnologia, como a criação de aplicativos para fiscalização, e lembrou que "a única garantia que temos é que tudo vai continuar mudando sempre".
A última palestra, intitulada ‘A atuação dos tribunais de contas: segurança jurídica e efetividade das políticas públicas', ficou por conta de Ismar Viana, vice-presidente nacional da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC). "Uma sociedade cada vez mais reflexiva é também uma sociedade marcada por elevados níveis de auto-organização", comentou, ao abordar a necessidade da auditoria para evitar um estado de descontrole. Ao citar que gestores públicos e população esperam dos tribunais atitudes íntegras para boa gestão e qualidade decisória, ele afirmou que para rebater críticas ao seu funcionamento não se podem encontrar respostas fora do texto constitucional.
Após as palestras, foi promovido um debate com perguntas da plateia, mediado por Paula Nazareth, auditora do TCE-RJ e ex-diretora-geral da Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ. Ainda antes do fim, um termo de cooperação foi assinado entre AudTCE-RJ e Observatório Social do Brasil – Rio de Janeiro para continuar uma parceria em busca de aperfeiçoamento institucional.
Créditos:
Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCM-RJ)
Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ
Diretoria de Comunicação Social do TCE-RJ